sábado, 28 de setembro de 2013

Capítulo 5 - Tô de cara

Notas iniciais: Eu sei, eu sei! Estou atrasada com o capítulo! A vida anda um pouco corrida por aqui, gurias. Desculpe!

Mas para compensar, aqui vão 13 páginas de um dos capítulos mais topsda 4ª temporada!

E para as Gatas Garotas, tem uma parte narrada pela nossa diva Rafa! Vivaaa!

Espero que gostem!*
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Ponto de vista do Luan – Time dos Entocados
 
- Passagens? Minha agenda? Laptop? Aquele gloss que me deixa diva? – Ouvi a Rafa repassar a lista de coisas que ela levaria para São Paulo com a Dora pela décima vez. A loira estava levando tanta bagagem para a capital paulista que até parecia que estava de mudança para lá, e não que só ia passar alguns dias. Nós estávamos na sala da Toca, que naquele momento encontrava-se completamente lotada de bolsas de viagens da Rafa, Dora e da Vick Caramelo. Era uma terça-feira à tarde e eu curtia um dos meus raros dias em família. Bom, pelo menos o que sobrou dela já que a minha esposa estava “de cara comigo” lá em São Paulo.
 
- Rafa, eu já disse que está tudo aqui! Já perdi as contas de quantas vezes checamos e repassamos essa lista! Ahhh, desse jeito eu vou surtar! – A garota com as mexas rosas respondeu colocando as mãos na cabeça e fazendo cara de que estava desesperada.
 
- Rafa, até eu já decorei tudo o quê tem nessa lista! “Sussega muié”! Se você esquecer alguma coisa a gente manda para você, ou você pode comprar lá também... – Opinei.
 
- Ah Luan, eu só não quero esquecer de nada! Uma mulher precavida vale por duas! E quando se viaja com criança é preciso ter ainda mais cuidados – Ela tentou se justificar pegando no colo a filha que descansava no carrinho.
 
- Ser precavida é uma coisa, agora ser E-XA-GE-RA-DA é outra completamente diferente, né curica? Vai logo pegar esse avião e deixa de ser paranóica... – O André já foi logo esculachando.
 
- Tá bom, tá bom, vocês venceram! Estou indo, ok? Vou fazer uma visita surpresa à Any e aproveitar para especular como estão as coisas por lá! E vocês, lembram o que precisam fazer por aqui? – Ela perguntou com um tom sério.
 
- Precisamos SAL-VAR o mundo e exterminar o monstro que nesse momento está vivendo na cozinha! – O André respondeu fazendo careta ao se lembrar do rato.
 
- Isso mesmo! Se livrem desse intruso! Quando voltar, quero essa casa livre de ratos! – A empresária da Anita relembrou o que ela já havia nos falado, pelo menos, umas cinco vezes.
 
- Se você falar isso mais uma vez, eu juro, eu vou pegar esse RA-TO e colocá-lo dentro da sua mala, Rafaela Prado! – O diretor rosnou para a loira, mostrando todo o seu descontentamento.
 
- Nossa, tem alguém aqui que dormiu de calça jeans, né? – Ela rebateu em tom ácido – Tô vendo que a Malú tá fazendo falta...
 
- Rafa, pode ir tranquila! O Faiscão vai dar um jeito nesse rato aí, pode apostar! – Achei melhor cortar o "papo" dos dois antes que aquilo se transformasse em uma briga.
 
- Quero só ver como vai ser quando a Divinha voltar e dar de cara com um GA-TO aqui... – O André resmungou.
 
- Isso a gente resolve depois, cara... – Desconversei. Aquela dupla estava mesmo afim de arrumar confusão! Tá que pariu...
 
- Rafa, o nosso táxi chegou! Vou levando a bagagem para o carro, ok? – A Dora avisou.
 
- Bom, isso é algo que o Luan vai resolver com a Anita e com a Divinha quando elas voltarem... E falando em Anita... Partiu São Paulo. Eu mando notícias! Me mantenham informada e juízo! – Ouvi a Rafa DIZER em um tom autoritório. Rapaiz, aquela mulher andava estressada demais!
 
Depois de me despedir da empresária e da pequena Vick Caramelo, o desafio foi conseguir colocar todas as malas do trio no carro. Quase tivemos que chamar outro táxi só para levar a bagagem!
 
A Rafa repetiu mais uma vez o seu discurso sobre o rato e sobre nós dois nos comportamos (aparentemente ela estava muito preocupado em nos deixar sozinhos na Toca), a Dora pediu que não esquecêssemos de regar as suas plantas no jardim (que eu não sabia quais eram, mas concordei em regá-las mesmo assim),  a Vick abriu um “berreiro” assim que entrou no carro, mas por fim, elas partiram. Agora éramos só eu, André e Faísca em casa! Era agora que a gente ia "chacoalhar o bambu", rapáiz!
 
- Pô cara, acho que vou aproveitar o resto da tarde de folga para pescar lá no lago do condomínio. Bora companheiro? – Perguntei para o diretor enquanto ia fechando a porta de entrada.
 
- Ahh não, não estou afim! – Ele desdenhou do meu convite – Na verdade estou MOR-REN-DO de fome, mas não me atrevo a entrar naquela cozinha enquanto aquela aberração estiver à solta por lá – Ele apontou para a porta do cômodo, que estava trancada desde a noite passada. Segundo a Rafa, aquilo era uma medida de proteção.
 
- Será que o rato ainda está lá? - Indaguei.
 
- A não ser que um MI-LA-GRE tenha acontecido, é claro que aquele demônio ainda está lá – O André retrucou todo nervosinho.
 
- Ahhh, eu vou ver melhor essa história aí... Não é possível que esse rato “veio” tenha alguma chance contra o Faiscão! – Falei me enchendo de coragem e indo até a porta da cozinha. O André também foi, se escondendo atrás de mim, tremendo de medo.
 
Respirei fundo e abri a porta. No fundo eu também estava apreensivo com o quê eu iria encontrar por detrás daquela porta, mas a situação que eu vi não poderia ser melhor. No chão, perto da bancada, o Faísca brincava com o rato preso entre as suas patas. O felino segurava o roedor pela cauda. De tempos em tempos, ele aliviava a pressão e o rato, pensando que estava livre, voltava a correr. Na sequência, o Faísca batia a pata novamente sobre o rabo do “inimigo” e voltava a prendê-lo. A cena parecia fazer parte daquele desenho, Tom & Jerry.
 
- Aêeeee Faíscão! Falei que ia dar conta do recado! Aqui tem gato, hein? – Comecei a me gabar, todo contente pelo meu mais novo mascote.
 
- Graças ao Senhor, a FE-RA está sob controle! Faísca, vai logo! Mata essa aberração! – O André deu pulinhos atrás de mim para comemorar.
 
Atendendo ao pedido do diretor, em uma bocada muito rápida, o gato engoliu o rato com um única dentada. A cena era forte, mas pelo menos o problema estava resolvido.
 
- Ai meu Deus! Acho que não estava preparado para isso! Cruzes, a realidade é realmente muito FOR-TE! Acho que estou passando mal.... – O meu companheiro se jogou em um dos bancos próximo a bancada fazendo drama. Ele estava pálido e parecia ter dificuldade em respirar. Uma verdadeira encenação digna de Oscar.
 
- André, na boa cara... Você não pode se comportar assim! Você precisa ser mais... homem! Desse jeito não você não vai conseguir reconquistar a Malú nunca! – Desabafei. Já fazia tempo que eu queria falar com ele sobre aquele assunto.
 
- E qual é o problema com o meu JEI-TO? – Ele perguntou na defensiva.
 
- Ahhh, esse seu jeito de falar AS-SIM, a mania de me chamar de Nego-Divo, esses trejeitos que você faz com a mão... Tudo isso é muito estranho! Você nunca quis mudar? Nunca quis ser mais... sério? – Me juntei a ele na bancada e puxei para perto um pote com cachos de uvas que estava no cesto. Abri a embalagem onde as frutas estavam guardadas, já devidamente lavadas pela Rafa, e comecei a comê-las enquanto esperava o André pensar em uma resposta.
 
- Poxa Luan... – Ele parecia perdido em pensamentos – Eu nem sempre fui assim. Quando eu conheci a Malú na universidade eu era um cara normal. Saía, “chavecava” as menininhas, dançava... Eu AR-RA-SA-VA na balada! Mas aí a Maria Luiza apareceu e mudou tudo. Era como se ela completasse tudo o quê faltava em mim... Ela era minha companheira, me entendia, até os nossos sonhos eram iguais... Eu fiquei completamente apaixonado pela Malú e a pedi em casamento. Isso aconteceu no último ano da faculdade.... Eu sempre fui de família rica, poderia oferecer uma vida bacana à ela! Nada nos faltaria... – Ouvi atentamente a história do André enquanto jogava as sementes das uvas no Faísca. Aquilo pareceu distrair o gato que ficava tentando pegar as sementes ainda no ar, antes que tocassem nele.
 
- Tudo ia bem, mas a pressão do último ano de faculdade, a minha mãe pegando no pé da Malú dizendo que ela deveria ser mais “fina” e elegante, os sonhos dela em ser livre... Tudo isso levou a Maria Luiza a fugir de mim. Eu tentei procurá-la, mas nunca consegui encontrar... Desde então eu jurei que nunca ficaria com nenhuma outra mulher - O André fez uma pausa antes de continuar - Fiquei no chão com o sumiço dela! Por muito tempo nada conseguia me animar. Eu virei a piada do campus e todos me conheciam como o “Noivo Abandonado”. Aí o tempo foi passando, e eu meio que criei esse jeito para me defender... Eu pensei que dar um motivo para as pessoas rirem de mim seria mais fácil do quê aguentá-las rindo dos meus fracassos. Agora eu sou um diretor de renome e esses meus trejeitos e o tique na hora de falar se tornaram a minha marca registrada – Ele me explicou com a expressão séria e a voz baixa. Aquela foi uma das poucas vezes que ouvi o André falar sem usar mão do seu famoso “cinismo”, nem balançar as mãos e separar as sílabas das palavras. Deu para perceber que o assunto era realmente difícil para ele.

- Peraí... A Malú foi a sua única namorada? – Fiquei boquiaberto com a novidade.
 
- Foi! A primeira... Ela é a única mulher capaz de entender a minha GE-NI-A-LI-DA-DE! – Ele confirmou todo cheio de si.
 
- Ahhh não, então precisamos dar um jeito nisso agora mesmo! Vamos lá, cara! Eu vou te ajudar a trazer essa bandida de volta. Essa “muié” vai comer na sua mão! – Prometi, empolgado com a minha mais nova missão. Aquele seria um desafio e tanto, mas eu apostava que o André tinha futuro.
 
- Primeira coisa: Você não vai mais falar AS-SIM – Imitei o jeito de falar do diretor, o que pareceu deixá-lo ofendido – Segundo, nada de ficar mexendo essas mãos que nem louco na hora de falar. E de jeito maneira você vai se referir a mim como “Nego-Divo”, entendeu? Quando você for falar com outro homem, você pode chamá-lo de “cara”, de companheiro, sei lá... Chama até de “jhow”, mas de Divo não! – Fui enfático.
 
- Tá certo, Di... Quer dizer, companheiro -  O diretor fez um esforço imenso para não falar do seu jeito típico e nem me chamar de Divo. Bom, pelo menos a primeira lição ele tinha aprendido...
 
- E agora vamos dar um jeito nesse visual... – Parei para analisá-lo de cima a baixo – Bora tirar essa echarpe “vermeia” aqui que não está com nada – Falei já puxando o acessório do seu pescoço e o atirando para o Faísca, que adorou o novo "brinquedo" – E esse sapato... Não, esse aí não dá! – Apontei para o chinelo que ele estava usando que mais parecia as “sandálias da humildade” – Tira esse trem e coloca um dos meu coturnos, assim ó, que nem eu faço – Mostrei os meus sapatos com a barra da minha calça para dentro do cano. A Anita adorava aquele meu visual...

- É, acho que até pode... combinar comigo esse seu estilo aí...- O diretor concordou, ainda meio contrariado. Ele falava devagar, fazendo algumas pausas, para evitar o seu "tique" de falar as palavras divididas.
 
- E por último, mas o mais importante... Vou te ensinar a dar "A juntada"! Rapáis, depois que você aprende a juntar as “muié” de jeito a sua vida muda – Garanti a ele, que me parecia estar muito interessado na minha “técnica”.
 
- É o seguinte... Primeiro você chega nelas com carinho, “devagarinho” que é pra não assustar... Depois, você coloca a mão na cintura dela assim... – Fiz o movimento usando uma “mulher imaginária” para exemplificar melhor – E, sem nenhum carinho, sem nenhum aviso... Você dá a juntada! – Com um gesto rápido de braço, puxei a minha “cobaia imaginária” para perto de mim, encaixando as pernas dela entre as minhas. Se a minha "Nega invisível" tivesse corpo, nós dois estaríamos "coladinhos" naquele momento – É aqui que tá o segredo, companheiro! Você puxa a mulher com força, encaixa ela nos seus braços, pega no cabelinho dela e aí, rapais... É só partir para o abraço! As nega pira! – Pisquei para ele, ainda segurando a minha cobaia entre os meus braços.
 
- E foi assim... que você conquistou... a Anita? – O diretor me perguntou analisando a minha situação com a "Nega Imaginária".

- A Ní... – Cocei o cabelo todo sem jeito – Mais ou menos... Foi um pouco diferente... Nós estávamos em Nova York, ela estava com frio e ventava muito... Aí eu a encostei contra a mureta da sacada do meu quarto, peguei no rosto dela e depois a beijei – Contei. Eu me lembrava daquela noite como se tivesse acontecido ontem. Eu jamais esqueceria aquela viagem para Nova York...
 
- Nova York? Que LU-XO!
 
Olhei feio para o André que se desculpou pelo seu “deslize”.
 
- A Any sempre foi diferente. Eu sabia que tinha que chegar nela com jeitinho, que tinha que conquistá-la aos poucos... Se eu chegasse assim, com tudo, ela iria acabar fugindo de mim – Comentei, a saudade da minha Granfina batendo no peito e me fazendo sofrer que nem “égua veia”.
 
- Fugir de você ela foge até hoje, né? – O diretor provocou - Relaxa Di... Digo, companheiro... A Rafa vai trazê-la de volta! – Ele tentou me consolar depois que viu a minha cara feia.
 
- É, aquela nega não tem jeito... Sempre que tô arrumando a minha vida ela dá um jeito de vir e bagunçar tudo... – Comentei com a voz meio triste.
 
- Sei bem como é isso... – O André também ficou abatido, de repente. Com certeza devia estar pensando na Malú.
 
- Mas é cara... Chega desse baixo astral! Bora trocar esse sapato e depois vamos pescar! A gente dá uma volta no Jabuticaba e esfria a cabeça até a Rafa dar sinal de vida... – Propus já pronto para o nosso "rolê"  - Faíscão, toma conta da Toca que eu e o meu companheiro aqui vamos pegar uns peixes! – Gritei já saindo em direção à garagem. O jeito era me distrair enquanto não tinha notícias da minha esposa...
 
***
 
Ponto de vista da Rafa – Algumas horas depois em São Paulo
 
Cheguei na capital paulista, instalei a minha filha e a Dora no hotel e saí logo em seguida em direção ao apartamento da Anita. No caminho do aeroporto até o hotel eu havia visto no Instagram que a minha amiga e alguns amigos estavam jantando juntos em um restaurante japonês, por isso me apressei. O plano era chegar antes dela no apartamento e pegá-la de surpresa. Assim seria mais fácil convencê-la.
 
Enquanto passava pelas ruas de Sampa não pude deixar de reparar no estilo das pessoas. Na cidade que nunca parava, tinha tipos de roupas e cabelos para todos os gostos. Ai que saudade que eu sentia da época que eu morava ali... As melhores lojas, as melhores marcas, as últimas tendências da moda, shoppings e mais shoppings para se escolher. Naquela época era mais do que fácil montar os “looks” da Anita.
 
Paguei o táxi e desci em frente ao meu antigo prédio. A fachada havia sido reformada e eu já não conhecia mais o porteiro.Por sorte, o rapaz que trabalhava ali era fã da Any e me reconheceu. A partir daí não foi muito difícil inventar uma história de que eu precisava subir para visitar a minha “assessorada” para fazer o “gordinho” simpático abrir o portão e me deixar subir. Não antes, claro, de tirar uma foto para ir direto para as redes sociais. Eu já até imaginava a tag: #GataGarota ou #TodaGataGarotaÉtop.
 
Subi até a cobertura e apertei a campainha. Fiquei distraída mexendo no celular enquanto esperava alguém aparecer. Quando a porta abriu, quase caí para trás.
 
- Caio? – Eu mal conseguia falar. Ver o meu ex na minha frente no apartamento que costumávamos dividir na época em que namorávamos foi como ser puxada para o passado. O que não era uma boa coisa, já que eu estava carente por causa do “pé na bunda” que o Murilo me dera.
 
- Rafa? – Ele pareceu igualmente surpreso – Eu imaginei que você viria por causa da Any, mas... Sei lá, acho que mesmo assim eu não esperava te ver assim... tão de repente...
 
- Pois é! Eu vim justamente falar com a sua irmã! Você já deve saber o que aconteceu, não é mesmo? – Tentei disfarçar a minha surpresa e manter a conversa em um campo seguro. Por dentro, claro, eu estava me remoendo de curiosidade para saber o quê ele estava fazendo ali e onde estava a Lú Pirigueti Dias. Mas eu não poderia dar bandeira! Uma das regras básicas de toda Gata Garota era: Não demonstre interesse demais! Além disso, eu estava ali por motivos profissionais, nada além disso!
 
- Contou sim! Any sempre metendo os pés pelas mãos, não é mesmo? Nunca vi ser tão confusa como ela – Ele comentou.
 
- Hum... É verdade! E falando nela, a Any está por aí? – Fui direto ao ponto não abrindo espaço para “papo furado”.
 
- Pior que não! Minha mãe me disse que ela saiu para jantar com uns amigos.
 
- Nossa, é verdade! Eu vi no Instagram! – Bati a mão na testa por causa da minha falta de atenção – Mas você falou da sua mãe... A dona Clara também está aqui?
 
- Está sim! Ela precisou interromper a viagem ao redor do mundo porque o Igor teve uns problemas e precisou voltar para a Argentina. Ela acabou de sair! Se você chegasse cinco minutos antes cruzava com ela na porta... – Ele me explicou encostado na soleira da porta. Parei para admirá-la melhor: Cabelo bagunçado, olhos claros, físico definido, tatuagens no braço, o mesmo olhar sexy... ai Deus.
 
- Puts, que vacilo! Nem te convidei para entrar! Por favor, fica à vontade Rafa! Você pode esperar a Any aqui dentro. Tenho certeza que ela não vai demorar... Parece que o Neymar precisa voltar ainda hoje para Santos e o Pato tem treino logo cedo amanhã.... – Ele me explicou me dando passagem.
 
Entrei e me sentei na poltrona que ficava perto da porta, a que costumava ser a preferida da Anita.
 
Pouca coisa havia mudado por ali. A sala continuava decorada de maneira discreta, com sofás em tom de creme que combinavam com as cortinas brancas e almofadas de cores neutras. Os quadros, o tapete persa, a mesa de centro, as fotos nos portas-retrato... Tudo estava exatamente igual a como era antes. Só nós, as pessoas que costumávamos morar ali, havíamos mudado. E muito...
 
- Vi sua filha em uma foto que a Anita postou no Instagram! Como ela cresceu desde o casamento da Any! Tá linda demais, Rafa! – O Caio tentou puxar assunto logo depois que fechou a porta e se sentou no sofá na minha frente.
 
“Poderia ser a nossa filha, idiota”, pensei azeda.
 
- Sim, a Vick é muito linda mesmo! Mas eu sou suspeita para falar, né? Afinal, sou a mãe e toda mãe acha o filho lindo, não é mesmo? – Brinquei tentando quebrar o gelo entre nós.
 
- É, você tem razão... – O Caio concordou rindo – Mas ela é realmente linda, como você – Ele fez uma pequena pausa para encarar a minha reação, que foi de choque, é claro. Quando eu poderia imaginar que o meu ex-namorado-barra-quase-marido, a pessoa por quem eu arrastava um “bonde” inteiro, iria passar a me dar valor depois de tanto tempo?
 
- Mas e aí? Você e o Murilo pensam em encomendar outro filho? – O irmão da Anita emendou a pergunta logo na sequência, como se nada houvesse acontecido.
 
Pisquei, completamente confusa. Precisei de alguns segundos para recuperar o fôlego e conseguir focar na conversa novamente – Não, não... Eu não... – Parei na metade da frase sem coragem de contar que eu não poderia ter mais filhos. Aquele assunto ainda doía muito em mim  – Bom, na realidade, nós estamos nos divorciando... – Acabei confessando.
 
- Divorciando?! – O Caio quase caiu da cadeira quando ouviu a minha resposta.
 
- É... Acho que o nosso casamento acabou não dando muito certo... – Tentei explicar, bastante sem jeito.
 
- Puts, sei como é... O meu namoro e a sociedade com a Luana também não deram certo... É por isso que eu estou aqui. Nós terminamos... – Ele coçou o cabelo como costumava fazer quando estava com vergonha.
 
Ficamos em silêncio sem saber o que falar. De repente me bateu uma saudade dos velhos tempos, de quando éramos eu, ele e Anita. Será que se tudo voltasse a ser como era antes a nossa situação melhoraria? Tive a impressão que ele também estava pensando o mesmo que eu. O Caio me encarava com um olhar sério e intenso, como na época em quem namorávamos.
 
Foi nesse momento que eu ouvi alguém mexendo na porta. Logo as vozes da Anita e da Malú anunciaram a chegada das duas.
 
- Any, na boa, você deveria ter voltado lá e explicado para o dono do restaurante que não era o sushi dele que estava ruim e que não foi por causa disso que você passou mal... – Ouvi a Malú dizer ainda parada perto da porta.
 
- E eu ia falar o quê? Que esse pequeno ser que está aqui dentro não gosta de comida japonesa? Melhor não, né?! Depois eu dou um jeito de resolver esse mal-entendido. Posso pedir para a Rafa man.... AHH, RAFAAAA?! – A Anita foi falando enquanto entrava no apartamento, distraída. Ela estava só de meias, provavelmente porque havia tirado os sapatos e os deixado no hall do elevador, como ela sempre costumava fazer. Quando meu viu, ela deu um pulo, tamanho foi o susto. Na certa ia falar de mim e se surpreendeu ao me ver sentada ali.
 
Ela vestia um shorts jeans, camisa xadrez e usava uma maquiagem muito mal feita! Socorro! Um dia longe e aquela menina já estava daquele jeito?
 
- Você passou mal de novo? – Não segurei a minha preocupação e já fui logo perguntando, esquecendo por um momento que nós estávamos “de mal”.
 
- Não foi nada, apenas um mal-estar... – Ela respondeu, seca.
 
- Um mal-estar que durou a noite toda! A Anita deve ter deixado até o rim dela no banheiro do restaurante de tanto que passou mal... – A Malú entregou - Aiii, tá bom, tá bom... Não falo mais nada! Eu vou sair daqui antes que sobre para mim! – A fotografa completou depois de receber um “olhar fatal” da Anita, que fez cara feia por causa do comentário – Se precisarem de mim, estou no quarto trabalhando no meu projeto.
 
- Também vou nessa! Acho que as duas tem muito o quê conversar – O Caio aproveitou a deixa e se levantou do sofá, preparando-se para deixar a sala – Foi um prazer te ver, Rafa!  - Ele veio até mim e me deu um abraço. Depois foi até a sala de jantar e fechou a porta de correr que separava aquele cômodo de onde nós estávamos.
 
Fiquei tão sem reação que nem tive tempo de me defender do “ataque de lambidas” da Divinha. Na certa a mascote ouvira a voz da dona e correu até a sala para recepcioná-la.
 
- E então? – A Anita puxou assunto se jogando no sofá. Com ccerteza ela estava furiosa por eu estar sentada na sua poltrona predileta.
 
- Eu vim para acertamos a sua agenda de trabalho. Por conta desse... mal-entendido entre nós eu remarquei alguns dos seus compromissos que já estavam agendados, mas alguns deles são realmente muito importantes e não podem ser cancelados ou adiados. – Falei em tom formal. Eu não estava “afim” de dar o braço a torcer. A Anita que havia começado toda aquela confusão, era ela quem devia me pedir desculpas.
 
- Ok, e como está a minha agenda então? – Ela me perguntou enquanto fazia carinho na Divinha. Percebi que ela estava evitando me olhar. A Anita era péssima em disfarçar qualquer coisa. Era claro que ela não estava confortável com aquela situação e que já havia se arrependido de ter saído de casa. Mas era claro que a teimosia não deixaria que ela assumisse isso.
 
- Aqui está uma cópia do seu cronograma de trabalho. São algumas entrevistas, presença em eventos patrocinados e o comercial da Havaianas que fechamos o contrato na semana passada, lembra? – Tirei um papel da pasta que eu levara comigo e entreguei para ela.
 
- Hum... Lembro sim! – Ela disse após encarar o papel -  Beleza, a gente se encontra nos locais de cada evento meia hora antes do horário marcado, combinado? – A Any me perguntou como se aquilo fosse algo qualquer, e não o seu trabalho.
 
- Acho melhor não... – Respondi trincando os dentes de raiva – Vou passar aqui antes para escolher o seu look, arrumar o cabelo e fazer a sua maquiagem – Impus - Não podemos descuidar da sua imagem!
 
- Como quiser... – Ela disse em tom irônico.
 
Precisei respirar fundo. Que Deus me desse paciência, porque se Ele me desse forças eu matava aquela menina mal-educada ali mesmo.
 
- Bom, resolvido esse ponto, podemos passar para a próxima questão. Surgiram alguns boatos que o pessoal do estúdio está "afim" de gravar a terceira parte do filme “A Granfina e o Caipira”. O Murilo já disse que toparia e eu gostaria de saber qual é a sua posição sobre isso? – Continuei.
 
- Agora eu não quero pensar em mais nada relacionado a trabalho. Estou focada exclusivamente na minha gravidez e me preparando para ser uma EX-CE-LEN-TE mãe – Mais uma vez a Anita me respondeu com ironia me encarando para ver a minha reação.
 
- Ótimo, como quiser – Retruquei, ríspida – Vou repassar essa informação para o pessoal da assessoria de imprensa.
 
- Perfeito! – Ela também comentou, ácida.
 
- Bom, o terceiro ponto...
 
- Ainda temos muitos pontos? – A Anita perguntou fechando a cara para mim.
 
- Não, esse é o último... – Avisei. A minha paciência já estava quase acabando. Minha vontade era ir até lá e dar uns “chacolhões” nela para que ela caísse na real.
 
- Então diga logo... – Ela pediu me apressando, o que bem sabia que eu detestava. Aos pés dela a Divinha descansava mascando a ponta de uma das almofadas que caíra do sofá. Eu poderia apostar que a Dona Clara não ia gostar nada, nada daquilo...
 
- É sobre você e o Pato. Já teve uma foto dos dois que virou notícia nos sites de fofocas ontem e hoje eu vi que você e ele voltaram a publicar imagens juntos. Logo, logo as pessoas vão começar a me perguntar sobre o quê está rolando entre vocês e como o Luan fica nessa história. Quero saber o que eu devo dizer sobre isso? – Usei o que me restava de sanidade para falar sobre o “terceiro ponto” da nossa reunião.
 
- Ahhh, o Pato? Pode dizer que nós somos vizinhos agora. O Alê é um lindo, fofo, educado, engraçadíssimo, me deu super dicas sobre o meu “Pou”... E além de tudo, ele é “brother” do Neymar, né? E se é amigo do Júnior é meu amigo também! – A Any se derreteu toda pelo jogador. Mais um pouco ela levantava um cartaz escrito “Team Pato”.
 
- Desculpa, mas eu estava passando para ir até a cozinha e acabei ouvindo a conversa... – A Malú surgiu do nada e se intrometeu na conversa – A Any esqueceu o mais importante: Ele é um gato! Super- sarado, tudo em dia, forte, charmoso... Ai, é um pedaço de mal caminho!
 
- Nisso a Malú-ca e intrometida aí tem razão! Ele é realmente um pedaço de pecado! – A Any concordou tentando tirar a almofada da boca da sua cadela.
 
- E o Luan, Anita? – Quase gritei de tanta raiva que eu estava sentindo. Aquele “fingimento” dela estava me tirando do sério – Digo, o que eu falo se me perguntarem se aconteceu algo entre você e o Luan? Porque as pessoas vão perguntar, né? Você aqui, ele lá, você e o Pato posando para fotos juntos... – Fiz um enorme esforço para voltar ao meu tom de voz normal. Por dentro eu estava "morrendo" de nervoso e indignação.
 
- O Luan? – De repente a Any ficou tensa no sofá. Ela largou a almofada e passou a mexer no cabelo sem parar, nem se dando conta de que a sua mão estava toda babada por causa da Divinha. Os olhos dela se encheram de lágrimas e a sua expressão ficou igual à de uma criança perdida – Sobre o Luan... Não diga nada! Até porque não há nada para se dizer... – Ela usou todo o seu talento para segurar o choro e tentar disfarçar o que estava sentindo. A Any só se esquecera que a mim ela não conseguia enganar. Eu a conhecia melhor que ela mesmo...

 - E quer saber? O próximo ponto dessa reunião é que eu tô indo para o meu quarto colocar os pés para cima e descansar... Mas antes, vou passar no banheiro porque esse negócio de estar grávida me dá muita vontade de fazer xixi! Até a próxima, empresária! – A Anita me dispensou e saiu andando, batendo o pé corredor adentro seguida pela sua mascote. Mais uma vez ela fez o que sabia fazer de melhor quando estava com um problema: fugir!
 
- Fala sério, ela tá péssima sem ele, né? – Perguntei para a Malú, em tom de cumplicidade.
 
- Ih... Qual é, Rafa? Tá pensando que eu sou “X-9” para sair te entregando tudo assim, de mão beijada? – A fotografa ficou indignada com a minha pergunta – Se você quer mesmo saber, a Any está se virando muito bem sozinha. Nós duas estamos nos virando muito bem, para o seu governo!
- Sendo assim... – Me levantei, peguei as minhas coisas e caminhei até a porta – Eu vou indo nessa. Só mais uma coisa: O André está sentindo muito a sua falta – Completei fechando a porta atrás de mim, não esperando para ver a sua reação. Porém, eu seria capaz de jurar que a Malú também ficara abalada com o meu último comentário.
 
Caminhei até o elevador bufando de raiva. Como a Anita poderia me tratar tão mal e ainda por cima se despedir dizendo “Tchau empresária”? Aquilo era um absurdo, uma afronta sem tamanho, uma falta de consideração tremenda! Eu estava tão magoada que peguei o meu celular dentro da bolsa. Eu precisava desabafar com alguém! Porque até as Gatas Garotas tinham os seus momentos de fraqueza!
 
Abri o meu Whats Ap e dei de cara com um grupo novo do qual haviam me colocado para fazer parte: “Os Entocados”. Vi que o André era o administrador da "novidade". No grupo, haviam várias mensagens dele e do Luan me contando sobre a pescaria dos dois, do plano do Lú em tornar o Dé mais “homem” e várias perguntas sobre como estava indo a minha “visita estratégica” ao apartamento da Anita. Os meninos estavam aflitos em Londrina esperando por notícias.
 
- A visita foi um desastre! A Anita está mais agressiva e cínica do nunca! Ela me ignorou completamente, me esculachou, só faltou sambar na minha cara! E vocês não sabem do pior: Ela e a Malú estão se derretendo toda pelo Pato. E aí perguntei: “E o Luan, Anita?” E sabe o quê ela me disse? Que não havia nada para ser dito sobre o Luan. E a Malú completou dizendo que as duas estão se virando muito bem sozinhas – Gravei um áudio praticamente aos gritos e enviei via Whats. Eu parecia uma louca dento do elevador, gritando e me descabelando, mas nem liguei. Até as mais tops das gatas garotas podia perder a linha de vez em quando.
 
Escrevi o resto dos meus comentários e enviei para os meus parceiros de “time”. Eu não sabia como o sinal da internet móvel estava funcionando dentro do elevador, mas eu não queria descobrir também. Talvez fosse culpa do 4G da Vivo que funcionava na cidade de São Paulo... Bom, só o que importava era que estava funcionando, para a minha alegria!
 
O elevador chegou ao hall e me preparei para sair. Eu estava tão nervosa com a Anita e tão empolgada com a conversa com o Lú e o Dé que fui em direção ao saguão sem nem olhar para frente e esbarrei com tudo em um homem e acabei quase caindo de cara no chão.
 
- Opa, peguei! – O rapaz brincou me segurando em seus braços.
 
Fiquei tonta por um instante tentando entender o que tinha acontecido. Nessa confusão toda a minha bolsa tinha caído, o meu celular quicado três vezes no chão e eu estava parecendo uma “pamonha” ali, toda desmanchada nos braços de um desconhecido.
Mas o mais incrível era que eu não me importava. Ele me segurava firme em seus braços e me olhava de uma forma tão intensa que foi impossível não me sentir protegida...
 
Eu havia acordado aquela manhã sem saber se suportaria tudo o que estava acontecendo comigo: Briga com a Anita, o divórcio com o Murilo... Meu barco estava naufragando e eu lutava desesperadamente para não deixar a água tomar conta de tudo, para não deixar a maré me levar. E de repente aquele rapaz aparece e me faz experimentar a sensação de ter chegado a um porto seguro. Eu costumava dizer que depois da tempestade sempre vinha um belo dia de sol. Seria aquele o meu raio de esperança?
 
- Hã... Obrigada! – Consegui responder, completamente sem graça, enquanto o rapaz me ajudava a me endireitar.
 
Ele era alto, forte, charmoso, simpático... Não, “pera!” Há pouco eu ouvira a Malú  usar os mesmos adjetivos para descrever o...

- PATO? – Exclamei assim que me dei conta de quem era o meu “herói”.
 
- Eu mesmo! – Ele sorriu meio sem jeito – E você, quem é?
 
- Rafa... Quer dizer, Rafaela Prado – Gaguejei feito uma boba.
 
- Prazer Rafa! – Ele piscou fazendo charme.
 
- Prazer! – Falei com a voz baixa enquanto me abaixava para pegar as minhas coisas. Ele também se abaixou para me ajudar, o que fez as nossas mãos se tocarem por alguns segundos.
 
- Tá aqui, ó – Ele me entregou o meu celular, ainda sorrindo.
 
- Obrigada! Bom, é melhor eu ir indo, né? – Falei já caminhando em direção ao portão de saída – Hum... Até mais... – Disse antes de sair praticamente correndo com o coração na boca.
 
Por sorte um morador do prédio estava chegando em um táxi bem naquele momento. Mal dei tempo para que ele pagasse a corrida e já entrei no carro, pedindo que o motorista saísse dali o mais rápido possível.
 
Demorei alguns minutos para conseguir recuperar o foco. Quando consegui, o Luan e o André já estavam surtando no nosso grupo do Whats Ap querendo saber mais detalhes sobre a minha conversa com a Any.
 
Respirei fundo e depois apertei o botão para enviar uma mensagem de áudio aos meus dois parceiros – Venham imediatamente para São Paulo. É hora de colocar a missão “Dando em Troco” em ação!
 

Anita e Malú não perdiam por esperar...
_________________________________________
Notas finais: Ahhhh, já estava com saudades das Operações da Rafa! E o que será que o time dos "Entocados" vai aprontar em Sampa?

E essa briga da Any e da Rafa? E o Luan ensinando o André a virar homem? Genteeee, essa Trupe está pior do que nunca!

Façam suas apostas! O trem vai ferver, e muito, daqui pra frente!

***

Antes de encerrar, gostaria só de "falar" algumas palavrinhas:

Amanhã, dia 29 de setembro, essa história (A Granfina e o Caipira) completa dois anos de "vida"! Também amanhã, o blog comemora o seu primeiro ano de existência!

Sobre o blog, tudo o que eu posso dizer que essa é a prova que quando um trabalho é feito com amor e carinho a recompensa sempre vem. Nesses 12 meses MUITA  coisa foi feita... São quatro fanfics mais os "VDL's" postados por aqui, mais de 36.700 visualizações, centenas de comentários, um layout lindo que ganhei da Thay Campos e muitos e muitos surtos juntos com vocês.

Que Deus permita que essa nossa "casa" continue ativa por muitos anos ainda, e que continue sendo o ponto de encontro de amigos e um lugar onde os sonhos podem se tornar reais.

Já sobre a Granfina e o Caipira, muito mais que um ídolo, que amigas-barra-leitoras, de um novo objetivo de vida, essa história me fez acreditar que só quem sonha consegue alcançar. Já são dois anos conquistando a cada dia mais e mais coisas e chegando cada vez mais longe. 

Quando tudo isso começou eu pensava que não ia dar em nada, que seria apenas mais uma fic... Hoje temos quatro temporadas e quase 70 capítulos! Há dois anos eu nunca poderia imaginar chegar tão longe. Agora me pergunto onde tudo isso vai parar...

Muito, muito obrigada por tudo! Talvez isso pareça pouco para vocês, mas é muito para mim. Cada vez que escuto que alguém leu uma história minha e se sentiu bem, se divertiu ou se emocionou com elas meu coração se enche de alegria e é isso que me motiva a continuar. Nesses dois anos tive o prazer de ouvir algumas histórias como essa e espero poder continuar escrevendo para me divertir e para divertir as pessoas.

Enfim, que esse seja só o começo de uma longa história!*

"Prepare sua melhor intenção
Hoje eu vim aqui, vim aqui
Pra te dizer
Talvez não temos tempo
Mas abaixo desse céu há tempo pra vencer
Pra ser o que quisermos ser
Viver o que quiser viver
Você pode ir bem mais além
Se tiver feliz eu vou estar feliz também"


*** Bora pro próximo capítulo? Então clique aqui


(*)
E não esqueçam:
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5 comentários:

  1. Meu Deus,essa operaçao da rafa vai ser tensa pelo jeito!! E esse reencontro da Rafa com Caio e esse esbarrão dela com Pato?? E agora quem vai ser que vai ganhar o coraçãozinho da rafa? Pato ou é o Caio que vai reconquista ela?? Ahhhhhhhhh to ansiosa vidinha, ainda mais depois daquela previa no Grupo... PRECISO DO PROXIMO CAPITULO PRA ONTEEEEM... amei o capitulo, Luan vai transforma o Dé num verdadeiro Macho.. rs parabéns vidinha, arrasou no capitulo!! Bejos da sua mimadoraoficial-barra-amigaefielLeitora Dani Noronha...te vivo..

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    1. Ai Dani, essa operação da Rafa vai bombar! Vai ser A Operação do ano! kkk

      Nossa Gata Garota Rafa está super disputada nessa temporada! Rolou um sentimento ali entre ela e o Caio, depois teve o esbarrão com o Pato que a deixou toda pertubada e ainda tem o Murilo! Quero só ver quem vai conquistar o coraçãozinho da nossa Diva!

      E ó, só porque você pediu eu já postei o capítulo, viu?! Bora lá ler e depois me fala se gostou!

      Já sobre o André virar homem, bom... Com um professor daqueles acho que ele tem futuro, né? Achava o digno o Lú virar professor de "juntadas". Certeza que as negas iam pirar! kkkk

      Ahhh, obrigada Dani! Feliz que você gostou do cap! E obrigada por comentar! xD Também te vivo, sua linda!

      Te espero no próximo cap! *--*

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  2. o André virar homem vai ser lindo de se verkkk
    a operação "Dando um troco" vai dar que falar, estou a adorar... desculpa não ter comentado antes mas tenho andado ocupada com o novo emprego. adorei o cap. beijos

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  3. Eu tbm tava morrendode saudade e estou me perguntando: o que sera que eles vao aprontar...eu nao sei! E gente eu realmente achei que o André era gay! kkkkkk o que o Luan falou é a mais pura verdade: a forma de falar,etc... parecia mesmo que ele era gay! Que bom que agora o Luan vai ensinar ele á ser homem novamente né... E essa briga da Anita com a Rafa: a Anita me irritou mano! a Rafa não foi grossa com ela nao era necessário tudo isso u.u o Luan deve tá loko da vida com a Anita! Se ela continuar assim vai acabar perdendo ele!

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    1. Operações da Rafa SEMPRE bombam! ADORO! hahahaha

      Acho que todo mundo pensava que ele era gay. Ele é realmente diferente, né? Esses trejeitos e tudo mais... Mas no fim é só uma maneira de "se defender", um jeito que conseguiu de se destacar dos outros - e como se destaca, né? André brilha!

      Mas agora com o Luan dando aulas de "omo ser um homem de verdade" o André vai arrasar. hahahaha

      Anita vacilou mesmo. Foi desnecessário o que ela disse. Mas releva! Todo mundo tem o direito de errar, até a nossa Gata Garota.

      Beijooo

      #MaratonaDeComentários

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Oiieeee.... xD

Espero que esteja curtindo a fic!
Se estiver, não deixe de "perder uns minutinhos" para me contar a sua opinião, registrar o seu surto ou apenas para dar um oi! E se não estiver curtindo, aproveite o espaço para "soltar o verbo" e falar o que te desagradou!

Uma história não existe sem leitores! São vocês que me dão forças para continuar escrevendo e caprichando cada vez mais em cada capítulo! Portanto, deixe de "corpo mole" e venha "prosear" sobre as fics comigo e com as outras meninas que passam por aqui! *-*

Cada comentário ilumina muito o meu dia! Não deixe de fazer uma quase-escritora feliz: Comente! *-*

E não esqueça de deixar o seu nome, ok?!