quarta-feira, 14 de maio de 2014

Transcrição nº 3 - Conto de fadas moderno

Notas da Estagiária: Manu, se você sumir de novo, não responder aos meus e-mails ou parar de postar aqui no blog eu juro que te acho onde quer que você esteja e te dou uns sacodes! O lance é sério, menina! Trate de trabalhar!
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Transcrição da Página 7 à 11

["Quente como uma febre
Ossos tremendo
Eu poderia apenas provar, provar

Se não é para sempre
Se é só esta noite
Continua sendo a melhor, a melhor, a melhor" Sex OnFire, Kings of Leon]

As luzes se apagam e a multidão chora. Ele se foi e parece que o meu coração não será capaz de lidar com essa notícia. Perco alguns minutos ali parada, apenas tentando lidar com esse fato.

Desisto! Não há como entender! É tudo louco demais ao mesmo tempo que é completamente perfeito. É doce e amargo, rápido e lento, quente e frio, o céu e o inferno... Um misto de emoções que me envolvem em uma tormenta de pensamentos.

As pessoas caminham para a saída, mas eu preciso de ajuda para encarar a bagunça que está na minha cabeça. Vou até o bar. Uma bebida para refrescar as ideias...

Volto para a beira do palco na esperança de um milagre. Os anjos escutam as minhas preces. Pelo jeito ganhei algum tipo de prêmio celestial que dá direito a “atendimento instantâneo” aos meus pedidos.

Um cara alto e forte surge ao meu lado. Com pouco tempo de conversa ele me diz tudo o que eu preciso saber: Ele queria me ver.

Tento dominar o meu coração, que ameaça saltar pela boca, enquanto caminho pelos corredores para encontrá-lo. O “fortão” me guia enquanto cabos, caixas e pessoas da produção vão ficando para trás. À frente está o desconhecido.

Nada daquilo deveria estar acontecendo. Aquele não era o meu lugar. Mas me permito ir mais além naquela noite. Porque, no fundo, era isso o quê toda aquela loucura significava: um único momento e nada mais.

Os nossos olhares voltam a se cruzar e parece me faltar o ar. Vejo que também não sabe como agir. Talvez a situação também seja nova para ele. Afinal, quantas vezes na vida você vai bater o carro e ganhar de brinde um príncipe encantado? Acho que isso é o que se pode chamar de “Contos de Fadas do Século XXI”.

No seu camarim, sentada no sofá de frente para ele, pergunto sobre o show. Conversamos, conversamos e conversamos entre o vai e vem de uma equipe que trabalha para encerrar um espetáculo.

“Papo furado” de ambas as partes, ele diz querer saber mais sobre a minha vida e me faz mais um convite. Jantar no seu hotel. Ele está com fome. De repente me lembro que também não comi nada o dia inteiro (porque o jantar na casa do Amor estava intragável...). Seria isso o que chamam de juntar a fome com a vontade de comer?

Preciso sair “escondida” dali como um membro da equipe, mas o sabor inusitado da situação e a adrenalina da aventura falam mais alto e eu topo. Naquela noite eu seria capaz até de aceitar saltar de um penhasco. Já que tudo era tão surreal, eu não precisava ter medo de me machucar...

Jantamos no seu quarto para não chamar atenção. Ele usa coturnos e uma camiseta, eu um vestido de festa com detalhes prateados e sapatos de salto. O contraste é gritante. Nunca quis tanto um jeans, ou qualquer coisa menos “formal” para usar.

A noite passa como um passe de mágica. Tudo é novo e apaixonante! De uma maneira inexplicável, eu já não me lembrava mais de quem eu era. Eu só pensava no que eu queria ser. A sua mulher, fascinação, paixão, aquela que lhe roubaria o ar, que lhe tiraria do chão...

Mas a realidade não demora a voltar. Cruel, ela me chama e me faz lembrar que tenho uma vida além daquele conto de fadas.

Dou tchau com a desculpa que tenho trabalho no dia seguinte. O que não era mentira, para o meu azar...

Ele me levou até a porta. Parece relutante em me deixar ir, mas insisto. Era hora de “virar abóbora”.

Ele se despede. Me dá um abraço longo e apertado. Não resisto. Tasco um beijo nele. Ele retribui e em poucos instantes pegamos “fogo”. Mãos, bocas, corpos se misturam... Mais do que nunca eu não quero ir embora, mas preciso. Deus, eu tenho um namorado!

Saio correndo dali sem nem ao menos me explicar. Ele tenta, mas sou mais rápida e tenho a sorte (ou o azar) a meu favor: o elevador está parado no nosso andar. Entro e aperto o botão para descer. Sei que agora estou realmente a salvo (ou completamente perdida). Ali já era uma área fora do seu “perímetro de segurança”.

Desço até a recepção e saio desesperada atrás do meu carro, levado até ali por alguém que fazia parte “Da Equipe”. Isso não importa agora...

Saio como uma louca para a minha casa. Na boca o gosto do beijo. O coração disparado. Era a segunda vez naquele dia que ele fazia a minha cabeça rodar. Seria um sinal?

Chego em casa. Cinco ligações perdidas do “Amor”, sem falar nas várias mensagens. Eu ligaria para ele de manhã e diria que “capotei” na cama assim que cheguei e nem ouvi o celular.

De certa forma, era verdade. Eu só poderia estar sonhando para viver algo tão “mágico” como aquela noite.

Agora eu só tinha medo de acordar...
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Notas da Manu: Oi meninas!

Perdoem a demora em postar essa transcrição. Passei por uma fase meio complicada aqui, mas já estou de volta!

"A Estagiária" já está quase querendo me matar por ter demorado tanto (assim como vocês podem ter notado no recado "simpático" que ela me enviou logo ali em cima...)! Ela me mandou outros três arquivos e vou trabalhar neles assim que possível.

Agora, me falem: Essa história tá ficando tensa, hein? Esse beijo, ela saindo correndo para fugir dele... Socorro! Tá pegando fogo! Tô ficando cada vez mais curiosa para saber onde tudo isso vai parar. E vocês?


*** Leia a próxima transcrição: Página 11 à 14: Vida Real

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